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Pacientes com suspeitas de câncer bucal devem buscar atendimento especializado, mesmo na pandemia

ABOR-GO/Oficina Comunicação
Sábado, 30 de Maio de 2020

Pacientes com suspeitas de câncer bucal devem buscar atendimento especializado, mesmo na pandemia
Neste 31 de maio, Dia Mundial de Combate ao Câncer Bucal, professor de odontologia alerta 
sobre importância de consultas com especialistas e continuidade de tratamento

 

Dr. Elismauro Francisco de Mendonça

As medidas de isolamento social não podem inibir que pacientes com suspeitas de câncer procurem atendimento médico-odontológico especializado. O alerta, neste 31 de maio, Dia Mundial de Combate ao Câncer Bucal, é do professor Elismauro Francisco de Mendonça, titular da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás.


“Muitos pacientes com lesões suspeitas ou mesmo com a doença têm evitado procurar o atendimento. Entretanto, é necessário esclarecer que o câncer, em geral, não pode esperar a pandemia se dissipar. Esperamos que a quarentena não influencie na interrupção pela busca da cura. Estamos sempre procurando esclarecer a população da importância de dar continuidade ao tratamento”, afirma.

 

O especialista também alerta para o excesso de consumo de tabaco e bebidas alcoólicas durante a pandemia da Covid-19. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com as universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Estadual de Campinas (Unicamp), o consumo de bebidas alcoólicas cresceu 18% entre a população e tem sido quase diário durante a quarentena. Entre os fumantes, que são 12% dos entrevistados, quase 23% aumentaram aproximadamente dez cigarros por dia, enquanto 5% passaram a usar mais de 20 cigarros por dia. “A propagação da infecção leva as pessoas a momentos de ansiedade e estimula o consumo de tabaco e álcool”, afirma. 

 

Segundo o professor, o câncer de boca acomete homens e mulheres, com maior incidência no gênero masculino e, no seu processo de desenvolvimento, agentes carcinogênicos provenientes do tabaco e potencializados pelo consumo de álcool são os principais agentes causadores da doença. Outro fator carcinogênico é a infecção pelo HPV (papiloma vírus humano), que também pode estar relacionado com o câncer de boca e orofaringe. Muitas vezes, o HPV é contraído por meio de relações sexuais e considerado uma doença sexualmente transmissível. 


Como medidas preventivas, Elismauro orienta os pacientes que, quando apresentarem manchas brancas, vermelhas ou enegrecidas na cavidade oral, procurem o cirurgião dentista para avaliação. Outro sinal e sintoma relevantes, segundo ele, são a presença de feridas que lembram aftas, muitas vezes não tão doloridas e que não cicatrizam espontaneamente ou com ajuda de medicamentos anti-inflamatórios. 

 

“Mas a principal medida preventiva é paralisar o hábito de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas. Alimentação adequada e atividade física regular colaboram para o desenvolvimento de uma boa imunidade. Como infecção pelo HPV está ligada a doenças sexualmente transmissíveis, é importante evitar relacionamentos com pessoas que apresentem lesões verrucosas (verrugas em boca) ou nos órgãos genitais. É importante salientar que já existe, na rede pública, a vacina contra o HPV em adolescentes”, esclarece.

 

Aproximadamente 70% dos casos de câncer de boca são diagnosticados em indivíduos com idade superior a 50 anos. A doença afeta os lábios e o interior da cavidade oral. De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), para 2020, são estimados 460 novos casos em Goiás. A Faculdade de Odontologia da UFG sedia o Centro Goiano de Doenças da Boca (CGDB), espaço público que oferece o tratamento para lesões na cavidade oral. Quando é diagnosticada uma lesão de natureza maligna, o paciente é referenciado para o Hospital de Câncer Araújo Jorge, que continua com atendimento normal.
 

ABOR-GO

Oficina Comunicação

 

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